sábado, 5 de julho de 2014

Quase uma década já se passou...

Eu nasci em Marilena, uma cidadezinha paranaense, com pouco mais de 6 mil habitantes, que fica na tríplice fronteira entre o Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Era 1975. Naquele cantinho do sul do mundo fui à pré-escola, frequentei o ensino fundamental e me formei em técnico em contabilidade. Tudo no Colégio Estadual Princesa Izabel, recanto de grandes amizades, do primeiro amor, das primeiras sílabas, da construção dos sonhos. Quando eu era adolescente com uns 12 ou 13 anos, no final dos anos 80, eu me lembro de ter um caderno de recordação onde os amigos deixavam depoimentos e faziam previsões do futuro. Lembro também de longas conversas com a Andressa, uma amiga querida, cuja amizade preservo até hoje. Sentávamos na frente da casa dela, na Avenida Paraná para apreciar o "movimento" e colocarmos a conversa em dia. Costumávamos divagar como estaríamos quando chegassem os anos 2000. Eu estaria com 25 anos e imaginava que seria uma professorinha delicada da pré-escola ou uma alfabetizadora nota 10 como a Tia Alda e a Inez Cordeiro, minhas primeiras professoras. Tinha certeza que já estaria casada e teria uma casinha branca, com varanda para ver o sol nascer: em Marilena.

Foi difícil deixar minha pequena cidade para trás. Lá estavam meus amigos, meus avós, meus pais, tios e primos. O primeiro ano longe de casa foi dolorido. Difícil mesmo! Eu estava em Curitiba. Queria trabalhar e estudar. Só cumpri a primeira parte. Cinco anos depois me mudei para SC: Joaçaba. Na bagagem continuava invejando quem carregava a certeza do que queria ser quando crescesse. Eu me inspirava nas minhas professoras, mas no fundo achava que eu era explosiva demais para lidar com crianças. Aos 24 anos entrei para a faculdade de comunicação e entre tantos colegas de sala, jovens e recém saídos do segundo grau, como manda a tradição, eu enfim descobri o que queria ser quando crescesse. Foram nove felizes e produtivos anos em Joaçaba,mas novamente havia chegado o tempo de seguir em frente. Em julho de 2005, aportei em Videira. No final do mês, comemoro nove anos aqui. 

No final dos anos 80, lá em Marilena, quando eu costumava planejar meu futuro, nem nos sonhos mais loucos eu poderia imaginar como minha vida seria aos 39 anos. Hoje, olho para trás com muita gratidão. Deus é cuidadoso, zeloso e detalhista. Entre dores e alegrias que me acompanharam nesse tempo todo longe de casa, posso ver a mão Dele restaurando estragos e planejando meus próximos passos. E é nesse cuidado que descanso para concretizar sonhos que ainda estão adormecidos aqui dentro do meu coração. 

E que seja sempre no tempo Dele e não na ansiedade que muitas vezes opera em mim!

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Ao infinito e além...



Tinha no peito um vazio sem fim que nada supria... Nem o sussurro, nem o sorriso, nem o grito... Nem o feio, nem o lindo, nem o bonito... Descobriu o segredo: O infinito só se preenche com o infinito!