segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Sonhos...

O sonho encheu a noite 
Extravasou pro meu dia
 Encheu minha vida
 E é dele que eu vou viver 
Porque sonho não morre.
 [Adélia Prado]

Ah, como queria que meus sonhos estivessem tão latentes ao ponto de me impulsionar nessa jornada. O que fazer para despertá-los? 

É engraçado eu estar mergulhada nesse pseudo lago calmo, tranquilo. Estar absorta na mansidão e na mesmice que eu me encontro. Isso porque, teoricamente, eu achava que gostava da calmaria que o cotidiano inevitavelmente impõe.

Eu estava enganada.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Abstinência...

No início da segunda quinzena de dezembro do ano passado fiz um propósito que tem feito com que eu reflita sobre a importância que a gente dá às coisas, aos momentos e às situações. Optei por banir bebida alcóolica, refrigerante e chocolate, do meu cotidiano, pelo período de um ano. 

É natural que à primeira vista qualquer um se questione sobre, que mudança, afinal de contas, pode surtir na vida de alguém apenas por retirar, do cardápio, esses itens? Muita gente acha que tem a ver somente com dieta, reeducação alimentar e fatores ligados a saúde. Sim, acredito que esses fatores sofrem alteração, mas não é só o corpo que sente os reflexos.

Hoje pela manhã, indo ao supermercado comprar um suco e uma água para levar à um churrasco, estive pensando como a bebida alcoólica influencia nos relacionamentos sociais. Não que eu seja a maior beberrona do sul do mundo, mas, neste período,  tenho percebido como a bebida facilita a interatividade, o riso fácil e a curtição. Não que os sóbrios não aproveitem, não conversem ou se divirtam. Mas no meu caso, a bebida faz diferença. Sem sombra de dúvidas eu fico mais retraída e mais racional sem a "tonturinha".

Se estou achando ruim? Não. De modo algum. Tô achando interessante participar de encontros e festas sob novo ângulo social. Para uma observadora do comportamento humano, como eu, tem sido instigante.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

TPA...

Eu não estava querendo valorizar esse momento, mas confesso: tá difícil!
Caraca, que fase!
Estou na TPA - Tensão pré aniversário...
Duzentas milhões de caraminholas fazem passeata dentro da minha cabeça.
Tantas dúvidas, tantos medos, tantos descontentamentos, tantas desculpas, tantos sonhos, tantas frustrações, tantos projetos, tantas alegrias...
O que fazer com tantos "se's" e por ques ?

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Desejo desta segunda...

Queria não me sentir tão responsável sobre o que acontece ao meu redor. Compreender e aceitar que não tenho controle algum sobre as emoções dos outros, sobre suas escolhas, sobre as coisas que dão errado e também sobre as que dão certo. Me permitir ser um pouco insignificante.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Efemeridade...

Esta semana estava conversando com um grupo de pessoas sobre morar sozinha, sobre os prós e contras. Como a solidão pode ser gostosa, como pode ser dolorida, como pode ser libertadora e como pode ser devastadora. Ai me perguntaram sobre namoro. Então me dei conta, que pisquei os olhos e um ano inteirinho já se passou desde o último namoro.

Refiz contas imaginárias e é isso mesmo. Pra falar a verdade acho que já faz uns 14 meses. Mais que um ano. Ai busquei na memória, se nesse período, tinha paquerado alguém, enviado um torpedo, insinuado qualquer coisa referente ao coração e concluí que não. Passei pelo trigésimo sétimo ano de vida como um ser assexuado. Que fase heim dona Silvia!..hahaha 

Isso me fez recordar outra situação. Ontem passei em uma joalheira pra comprar um pingente novo para minha corrente. A moça me mostrou uma série de modelos e começou insistindo que fosse um coração. 

-Não gosto de coração. - disse à ela, que me olhou meio incrédula. 

Ao responder isso, num lampejo de consciência virei-me para o lado e questionei a Rosana, que me acompanhava. - Será que um dia ainda vou gostar de alguém?

Ela disse que sim. Que quando menos se espera o amor acontece.
Então tá. Talvez quando ele surgir, ocupe o lugar que lhe cabe, aquele cantinho que faz toda a diferença na vida. E aí, então, eu poderei voltar a escrever sobre o AMOR.

Razão...

Aos 20 anos, a vontade é soberana; aos 30, o espírito; aos 40, a razão. 
(Benjamim Franklin)

Tio Benja sabia o que estava escrevendo. É exatamente assim. E, vou contar uma coisa: muito embora hoje eu seja dona do meu nariz e, às vezes,  tenha me permitido chutar o balde dizendo coisas para pessoas que me incomodam, ainda assim tenho saudade de ser dona dona da minha vontade o tempo inteiro. Tenho saudade do meu espírito livre, da inocência e de crer que eu tinha ideologias inabaláveis.

Abre parenteses.  Se controlando o que digo, para viver bem em sociedade, já não é fácil me aturar, imagine se eu não tivesse o botão para diminuir o volume e as intenções.... Fecha parenteses.

O fato é que estou bem brava e frustrada. Minha cabeça tá a mil, mas tenho que ficar escrevendo e agindo por metáforas. Sinto falta de escrever aqui diariamente. Só que cada vez que digito a primeira palavra para verbalizar o que estou sentindo acabo apertando a "backspace". A tal razão sussurra em meus ouvidos - menos Silvia, menos!

Eu sei. Deveria estar agradecida por ainda ter esse discernimento. Mas não tô não. De jeito nenhum.


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Passionalidade...

Um salve para vc que, assim como eu, iniciou o primeiro de janeiro com uma calorosa discussão e quase entrou num "fighting" .

Acho engraçado que tem gente que me conhece há quase 8 anos e ainda não sabe que não deve levantar a voz comigo, não deve tentar  menosprezar a mim, ao meu trabalho e as pessoas que gosto e muito menos falar que eu disse coisas que eu não disse.

Não me comovi com cabelos brancos, terno e gravata e voz gaguejando. A porção de sangue indígena que carrego nas veias não é tão tolerante assim. Principalmente com gente mau caráter.