sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

19.01.08- E 2008 iniciou...


Quero iniciar este post retratando meu pedido no post anterior... O que eu desejo para este ano que recém iniciou é saúde, muita saúde e perseverança na fé que me move diariamente.
Deveria iniciar o meu primeiro post de 2008 muito animada, mas infelismente, não e assim que me sinto. Meu coração dói pela morte da minha avó que se foi há uma semana. Fico aqui pensando o quão superficial somos com nossas pretensões.É bacana nos empenharmos em busca de coisas que nos dêem conforto neste mundo material, mas por que não cuidamos mais de nossa alma, de nossos relacionamentos com o próximo?
Tenho feito uma retrospectiva da vida da minha avó. Tanta dedicação ao vô Massotão, aos 7 filhos, 29 netos e 26 bisnetos. Tanto zêlo conosco, tanta preocupação, tanto amor. Fico imaginando se partirei como ela, ou seja, com a sensação de dever cumprido.
Enfim meus queridos...devemos melhorar diarimente como seres humanos...
Na minha última coluna de 2007 no Jornal Correio Hoje, a Dona Munira, minha vizinha perguntou-me se poderia publicar um texto para ela. Disse que sim prontamente e, confesso que ao ter acesso ao texto, comovi-me, pois senti naquela ocasião a dor que ela estava sentindo por ter perdido o seu Abdalla (marido dela) tão repentinamente. Mal sabia eu, que em poucos dias, aquele texto serviria para mim também....
"Esteja sempre de malas prontas. A morte não escolhe idade, tempo, sexo ou cor. Ela surge de repente, como uma tempestade num dia de verão. Para partir desta vida você deve estar convenientemente preparado, por isso, arrume sabiamente sua bagagem, verifique se não esqueceu de nada e aguarde naturalmente sua hora de partir."
Esteja com Deus minha amada avó...


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SAUDADES..


Já não existem vovós como antigamente. Hoje, as queridas senhorinhas querem mais é viajar para curtir a vida, saracotear pelos salões de bailes da 3ª idade, freqüentar academias e centros de estética, angariando todas as novidades possíveis para mantê-las mais jovens. As marcas de expressão adquiridas ao longo da vida, denotando tantas conquistas, são facilmente apagadas com uma injeção de botox, um artigo milagroso, que apaga sua estória como uma borracha poderosa. Dou graças a Deus por minha avó não ter sido assim. Com quase 80 anos, minha querida avó Olíria, matriarca da família Mazzotti emprestou para nós, seus 29 netos e 26 bisnetos toda sua história, sua dedicação e seu colo fofinho que sempre ficou longe das dietas e dos tratamentos estéticos milaborantes que demandam tempo e por isso afastam avós e netos. Não era à toa que sua casa era sinônimo de reunião familiar, de carinho e de mesa farta, tudo feito por ela. Sinto pena dos netinhos de hoje em dia que não vão ter uma avó dedicada como a minha. Sinto-me imensamente triste por não poder mais curtir o colo da minha amada vózinha, que foi morar com Deus no último dia 11. Sinto-me desamparada, mas agradecida a Deus por ter compartilhado comigo a melhor vó do mundo.

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