terça-feira, 9 de junho de 2009

A vida como ela é....


Falar. É isso que as pessoas gostam de fazer. Podemos falar para nós, sobre nós, com os outros, sobre os outros. Falamos, perguntamos, respondemos, partilhamos. Conhecemos pessoas e nos tornamos amigos precisamente através da partilha - de impressões, de sentimentos, de experiências e conhecimentos.

Contradições à parte, é essa aproximação que nos torna limitados na hora de falar. É como no jornalismo, onde não dá pra ser amigo da fonte, pois cedo ou tarde tu precisará escrever sobre a pessoa e se sentirá constrangido (fato difícil de cumprir em cidade pequena, onde se conhece todo mundo e se faz muitos amigos durante a pauta).

Pois é, não é raro nos depararmos com situações assim em nossas vidas. E aí? falar ou calar? Esconder lembranças, emoções e pensamentos é uma ação que muitas vezes nos obriga a uma ginástica mental complicada. Saber a hora de falar e a hora de calar exige um equilíbrio constante entre o emocional e o racional, o que por sua vez pode trazer consigo um grande desgaste.

Então o que leva a pessoa a guardar os sentimentos apesar de todo o mal-estar que se cria? – perguntariam vocês. Ficamos divididos - dizer tudo o que vai dentro de nós, tudo o que nos põe tristes e nos perturba, ou continuar a calar o sentimento de mágoa só para não sermos o próximo tema de conversa?

Chega sempre um belo dia em que percebemos que a vida é demasiado complicada para a complicarmos ainda mais, e ainda por cima desnecessariamente. Percebemos a importância da sinceridade, da necessidade de sermos sinceros conosco e de não fugir dos nossos verdadeiros sentimentos. Só assim é que conseguimos ser sinceros com os outros, sem nos preocupar se irão nos transformar no próximo tema de conversa ou não.

O fato é que ao desconfiarmos demasiado, provavelmente evitaremos algumas desilusões....... e se ainda assim a decepção for inevitável....... Paciência, não é o fim do mundo!!! Como em tudo na vida simplesmente partimos para a próxima. Nada de ficar se achando no direito de crer que é melhor que o outro, que pode julgar os valores do outro...melhor que isso é olhar para trás e refletir sobre o que deixou no coração das pessoas...

Confiar não é mais do que um jogo de erros e acertos. Se erramos uma vez podemos sempre acertar para a próxima. O importante é não deixar de viver nos intervalos.E vamos em frente, porque a fila anda....

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