quarta-feira, 27 de abril de 2011

Eu já sabia....

De acordo com uma pesquisa americana divulgada semana passada, coração partido dói mais que dor física. Eu nem precisava de resultado de pesquisa pra saber disso....

Na verdade, nem eu e nem milhares de poetas e compositores que durante séculos tentaram descrever a dor de um coração destroçado. Humpf! Agora, chegam uns cientistazinhos dizendo que conseguem provar que a agonia do amor não correspondido é mais dolorosa do que uma simples resposta emocional.

Tá, tá....vejamos o lado bom.....pelo menos, agora quando estivermos choramingando poderemos dizer que as experiências mostram que ser abandonado, ativa regiões do cérebro associadas com o processamento da dor física. ou seja,  um coração partido dói realmente.

Quer ver como eu sei?
Ter um coração partido é sentir uma dor profunda, insistente e chata. Não existe nenhum conforto. Então você tenta abafar a dor. Empurra para dentro do peito com muita dificuldade como se fosse uma mala de viagem abarrotada que precisa ser fechada.

A vida fica sem emoção. Você tem que dobrar a coluna para esconder o coração. Você não diz nada novo ou velho. Não tem novidades ou ânimo para fabricar alguma notícia. Toda manhã escova os dentes no corredor entre o banheiro e o quarto para não ter que encarar seus olhos no espelho. Quer andar de óculos escuros para esconder o olhar.

Depois de um tempo a vontade de chorar passa, mas o olhar de bicho ferido fica. Não existe expressão de inteligência, de raiva, de medo, de sedução. Você aprende a fazer constantemente a cara de tela azul do Windows.  Nada mais importa. Você quer dormir para evitar pensar no sofrimento. Não importa se está sol ou chuva. Se a loteria está acumulada.  

Viver se torna uma obrigação. Não é prazer, satisfação ou aventura. É obrigação! Inclusive você se sente obrigado a tomar alguma atitude. Mas a vontade é de não fazer nada. Você se sente cercada pela dor. Não pode voltar, mas não tem futuro certo. Pensa seriamente em consultar um cardiologista. Tem vontade de tirar o que restou do coração de dentro do peito.

 Depois de um tempo você se acostuma com a dor. Ela fica mais obediente. E passa a tratá-la como um sofá manchado ou um buraco na parede. Não é bonito ou certo. Porém não lhe incomoda mais. Faz parte da paisagem.

Como diria Chicó.... Só sei que é assim!

7 comentários:

  1. Ai, tô no meu momento de raiva:

    - Odeio esses nerds pesquesidadores que estão sempre atrasados na vida real... Sempre!

    Pronto. Já me sinto bem melhor depois de ter opinado sobre essa descoberta sobre o #InsensatoCoração

    ;)

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  2. E como o passado deve servir de trampolim e não como um sofá, chega um momento em que percebemos que a dor tem de passar, levantamos do sofá e "geralmente" entendemos porquê durante um tempo ela foi necessária. Entre transições de histórias é sempre assim...e lá adiante um par de mãos já pode estar a nossa espera, aí a dor se dissipa totalmente até a próxima transição...

    É assim...

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  3. Bá... Pior que tô: revoltada e com TPM. ;)

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  4. Ok, vamos refletir...

    Eu achei esse blog justamente pelo assunto dessa postagem.

    Não sei direito o que é o amor, talvez seja uma simples paixão, mas enfim, conheci ela a algum tempo, 2 anos aproximadamente e a pouco mais de 1 ano quando ela terminou com o namorado tudo começou, não era nada sério, nada de mais e apesar de não envolver sentimentos era intenso. Até que a algumas semanas atras isso mudou, a convivência e o modo de que a gente se correspondia já não era o mesmo e isso fez com que eu a visse de outra forma, com outros olhos sabe... acredito que por parte dela também... foi aí que comecei a gostar dela.

    Há quase duas semanas por uma 'picuinha' dela a gente meio que parou de se falar, a princípio eu que parei mas depois ela também, eu sabia que poderia me arrepender por meio que ignora-la e me arrependi... tentei voltar atras e ainda tento. Sim, eu gosto dela e não quero que ela sofra, não quero vê-la triste, eu respeito a decisão dela, mas o fato de eu ser evitado, ignorado e ser tratado de modo indiferente dói, ela nem me chama mais de Well, diz apenas meu nome... e isso quando diz...

    As conversas já não são mais as mesmas, não vejo interesse por parte dela em conversar, eu não deveria gostar assim mas há certas coisas que são inevitáveis.

    Se não me engano, ela voltou com o namorado no final do ano passado ou início desse ano, não sei direito. Não sei ao certo o motivo de ser evitado (porque até então eu não era) mas minha irmã me disse que talvez ela sinta a mesma coisa por mim, o que pode também explicar essa reação.

    Mas enfim, o ponto onde quero chegar é que realmente é uma dor chata e que não existe nenhum conforto. Perdi a fome e é meio difícil de dormir, meus sonhos ao mesmo tempo são pesadelos porque quando acordo nada daquilo foi real, não era ela de verdade.

    Tava precisando desabafar um pouco... me sinto melhor =]

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