Eu queria correr. Desenfreadamente, sem limites, para onde o único destino fosse aquele imposto pela medida da minha exaustão. Eu queria correr para longe, distante o suficiente, para ouvir apenas os meus passos, onde o som mais intenso fosse o arfar da respiração....
Eu queria correr numa só direção, numa estrada reta, sem horizonte. Correr num ritmo constante e sem fim. Eu queria sentir o vento secando a pele, do meu esforço, tirando meus cabelos do rosto. Eu queria chegar ao fim e começar de novo...
Correr sem rumo ou descanso, sentindo cada músculo ardendo no corpo, sentindo a dormência do sangue em movimento. Eu queria correr até me faltar o fôlego, até abrir o peito, e solto, poder sair do chão.
E que seja qual for o fim do percurso, que seja a minha companhia o silêncio que só a ausência permite, ao coração...
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