sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Os melhores textos não são felizes...

Já quis escrever textos felizes, que fizessem as pessoas rirem, mas o que tenho de engraçada na convivência,  acho que não o tenho na escrita. Isto porque, na grande maioria das vezes só escrevo quando estou triste ou quando o assunto realmente se vê pertinente e inconvenientemente chato na minha cabeça.

Contudo, sempre me pergunto: por que é tão difícil escrever textos felizes? E as perguntas continuam. 
Mas de que valem os textos felizes?

Sem que isso soe pretensioso demais, mas pelas minhas constatações os grandes textos, os grandes poemas e os grandes poetas não escreveram textos felizes.Eu acho que os textos com aquele tempero de saudosismo e melancolia são aqueles que guardamos para sempre. Porque o ser humano tem um quê de derrotado e a derrota é tão mais vivida, mais sofrida e mais sentida que a alegria, que a vitória.

O que seria da poesia sem a incerteza, a agonia profunda, o desespero, o trágico e o infortúnio? O que seria das grandes estórias sem o verbo rasgado e os conflitos humanos ou o desequilíbrio ? 

Seja qual for a narrativa, eu creio que  só é sublime e profunda, se for submersa nos nossos maiores pesares. Né não?

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